quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

QUEM CONTA UM CONTO...CONTA A CINCO MÃOS - EU ME AMO! O QUE É AUTOESTIMA?


EU ME AMO!  O QUE É AUTOESTIMA?


Em Psicologia, autoestima inclui uma avaliação subjetiva que fazemos de nós mesmos, podendo ser negativa ou positiva (Sedikides & Gregg, 2003). Ela pode ser característica permanente da personalidade, ou condição psicológica passageira.
Gostar de si... Todo mundo possui autoestima, a prova disso é que, o primeiro desejo de qualquer pessoa é ser feliz, e só é feliz quem gosta de si. Acontece que muitas vezes não sabemos “gostar” de nós mesmos e condicionamos a nossa felicidade e autoestima a coisas externas a nós: pessoas, dinheiro, saúde, beleza, fama, etc. É claro que essas coisas ajudam, mas não é o que nos faz realmente felizes, a felicidade está na nossa autoestima bem equilibrada, esta, produz a segurança íntima e a plenitude.
Almejamos competência, queremos ser aceitos e bem vindos, gostamos de acertar sempre. Mas somos seres humanos limitados, passíveis de erros e acertos. Vivemos em um turbilhão de emoções, que nos levam do choro ao riso, da mágoa ao perdão, da dor à alegria.
Amar a si mesmo parece uma tarefa fácil, mas não é; parece que sempre falta alguma coisa. Nossas atitudes e comportamentos diante dos fatos da vida nos levam, muitas vezes, a agir em desacordo com o nosso desejo. Viver em uma sociedade requer compartilhamentos diversos. Assim, entre tantos haveres, nossa capacidade de atuação ante às solicitações cotidianas pode não atender às nossas expectativas e isso poderá criar frustrações e abalar a nossa autoestima, e, sem que possamos nos dar conta, mergulhamos num abandono próprio, cruel e destrutivo.
Ao baixar o nível da nossa autoestima, abrimos as portas de nossas defesas íntimas, o nosso organismo acompanha o nosso estado de alma e o nosso sistema imunológico passa a se tornar deficitário, pois deixamos de produzir as imunoglobulinas suficientes e responsáveis pela nossa defesa contra as doenças, então adoecemos: infecções de vários tipos, doenças autoimunes e, até mesmo o câncer, encontra porta de entrada.  Além das doenças físicas também as doenças psicológicas podem se instalar. As depressões em vários níveis, a Síndrome do Pânico, entre outras. Imprescindível é o autoconhecimento, ele é o termômetro que nos alertará contra o perigo. Precisamos de um tratamento severo.
A autoestima deve ser estimulada e alimentada desde a infância, de forma que, quando chegarmos à adolescência, período bastante crítico, devido a todas as transformações que o corpo/mente naturalmente se submetem, possamos passar por essa fase sem grandes prejuízos e alterações de comportamento.
Às vezes, basta meia dúzia de palavras para levantar a nossa autoestima. Basta um elogio sincero, que sabemos ter vindo do coração; um olhar diferente, um sorriso caloroso, um gesto de aceitação para que tudo volte a valer a pena, Não é por vaidade que necessitamos de um olhar mais atento do outro, de quem convive conosco, de quem nos conhece e sabe de nossas incertezas. Não é por vaidade que esperamos um elogio, quando o merecemos, ou um gesto especial que confesse que fomos percebidos, notados. Não é só por vaidade que queremos nos ver bem, diante do espelho. Bem por dentro e bem por fora, é porque isso ajuda a levantar a nossa autoestima e nos faz acreditar em sonhos. E melhor, nos faz crer que estes são, realmente, possíveis, ainda que tudo indique o contrário.
Gostar de si não é sinal de vaidade ou egoísmo. É ser verdadeiro, conhecendo os seus limites e limitações e, ainda assim, ser feliz. Não significa também ser acomodado, sempre podemos melhorar, uma coisinha aqui, outra ali... Mas, sem ansiedade, com bom-humor e alegria.
Gostar de si é perceber que, mesmo estando sozinhos, nos bastamos e conseguimos nos divertir, encontrar prazer , de forma leve e de bem com a vida.
As pessoas de baixa autoestima são sempre lúgubres, mal-humoradas, metódicas e pesadas. Condicionam o seu bem estar a uma série de coisas externas e, porque não se amam, não se fazem amar.
Manter a autoestima é, na verdade, cuidar do que somos, sem nos esquecermos de que nosso desempenho na vida dependerá desse gostar de si mesmo. Basta-nos acolhimento, compreensão, sensibilidade e respeito para nos reerguermos e acreditarmos que nosso valor independe dos olhos que nos veem. Então, que possamos fazer a diferença. Com apenas um sorriso, podemos mudar uma vida. Devemos confiar, acima de tudo, no nosso poder interior, deixar fluir a nossa força, dando o melhor de nós. Devemos nos propor a fazer aquilo que nos dê prazer, o que nos faz bem. Façamos tudo com amor, acordemos agradecendo por todas as nossas conquistas, elogiemos os nossos amigos. Sejamos positivos, mesmo que existam pedras impedindo o nosso caminho.
A autoconfiança faz parte do poder de transformar água em vinho. Devemos acreditar que somos pessoas especiais.
Jesus nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos, então, que saibamos nos amar, sem egoísmo, sem nos achar a coisa mais importante do mundo, e sim que somos importantes para nós mesmos, com todos os nossos valores, com o nosso jeitinho e sempre buscando melhorar aquilo que deve e pode ser melhorado, mas, sempre com bom-humor.
“Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança.” (Mais uma vez – Renato Russo)


3 comentários:

  1. Excelente texto. Muito verdadeiro. Um alerta à todos nós, pois não percebemos as pequenas coisas, porém importantes que fazem com que nos negligenciamos. Perfeito
    Patty Freitas

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  2. Meninas vocês são fantásticas... Lendo... Meditando e Aprendendo com os textos de vocês que são cada vez mais obras dignas de aplausos. Parabéns a todas vocês que fazem o Castelo Literário

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  3. Desculpem-me comentei como Gil Ordonio ao invés de Gábata Almenon.

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