sexta-feira, 14 de novembro de 2014

FÊNIX



FÊNIX

Vólia Loureiro do Amaral Lima

Joguei meu pranto no vento,
E as lágrimas voaram,
Libélulas coloridas,
Voejando em torno de mim.

Abri minhas janelas,
E deixei que o silêncio ocupasse,
Cada espaço que era teu.
E o vazio preencheu a tua ausência.

Corri ao Sol,
E rasguei a alma,
Expus por inteiro,
As dores e as chagas.

E de mim escorria,
Um pranto sangrento,
Havia o som de um sentido lamento,
Ou era apenas o vento?

Matei, assim,
O teu amor em mim,
Esfacelei-me até o fim,
Num autocídio de alma.

E quando o Sol voltou a surgir,
Ergui-me sem cansaço,
Juntei os meus pedaços,
E voltei a cuidar de mim.


 12/11/2014          

Um comentário:

  1. Oi minha escritora linda, lhe encontrei aqui, fico muito feliz em tê-la por aqui. Lendo suas riquezas e me deliciando com sua beleza de literária.

    ResponderExcluir