sábado, 9 de agosto de 2014

A Esperança do Poeta


A  ESPERANÇA DE UM POETA

Vólia  Loureiro do Amaral Lima

Esperei tanto tempo pelo teu amor...
E quando te encontrei, me fiz raio de luar,
Para poder chegar mansamente,
E, assim, não te assustar.

Sei que és um sabiá,
Que vives a cantar,
Sem pouso ou parada certa.
Por conta disso, a porta do meu coração,
Permanece aberta.

Não entendo muito dos teus sonhos,
Mas sei fazer poesia,
Sei transformar a dor,
Em um poema,
Uma elegia.

E quando te vejo meu sabiá,
Eu vejo a dor do teu olhar,
Eu ouço teu canto,
E com ele me encanto,
E passo a sonhar.

Sonho que um dia possas me olhar,
E, nas tuas asas, eu também possa voar.
Sonho que no teu ninho,
Haja, para mim, um lugar.
E que, por um segundo, me dediques o teu cantar.

Mas tudo é apenas sonho...
Quem sou eu, um pobre poeta,
Para desejar chegar às estrelas,
Levado pelas tuas asas!
Só o que me resta é sonhar...

E ficar na janela,
Varando as madrugadas,
Esperando os raios de Sol,
Na esperança angustiosa,
De ouvir teu canto,
E te ver voando ao longe,
E assim, manter esse encanto,
Que me faz te amar tanto,
A ponto de me esquecer de mim.


08/08/2014

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